A vida sensível-Emanuele Coccia; A crítica da razão indolente- Boaventura de Sousa Santos; Partilha
- Thamiris David
- 21 de ago. de 2015
- 2 min de leitura
Sensível é conhecimento?
Sim,"Toda forma de conhecimento sensível é uma aceitação passiva de uma imagem perceptiva que já se produziu fora de nós." (COCCIA, Emanuele. SENSÍVEL, A vida. 10. pág 34)
"Um mundo em que não huvesse mais cheiros, sons, música, cores, um mundo em que as coisas e as formas não fosem mais capazes de viver fora de si para chegar aos viventes, para viver-intencionalmente- dentro deles e para influenciar cada movimento seu, seria um mundo privado de consistência unitária. Sem imagens, sem sensíveis, todas as coisas existiriam apenas em si mesmas, toda forma de influência seria impossivel, o universo seria uma massa de pedras cuja única relação recíproca seria aquela determinada por uma força exterior-fosse ela a gravidade ou um ação centrífuga. Se o mundo conspira para além de algo unitário, é somente graças às imagens".(COCCIA, Emanuele. SENSÍVEL, A vida.11..pág38)
Tudo que conhecemos, podemos fazê-lo através do sensivel: tocando, vendo, falando, ouvindo, comendo.
Qual a relação entre o senível e o conhecimento científico?
No livro Crítica á razão indolente, Boaventura constrói a ideia que a ciência, o direito, a educação, a informação, a religião e tradição estão entre os mais importantes espelhos das sociedades contemporâneas. Espelhos no sentido de que refletem o que as sociedades são, o que se relaciona com o experimento do espelho que Coccia demonstra em seu livro A vida sensível , em que ele diz que um espelho reflete o que nós somos. Ou seja, o conhecimento científico se dá através de pesquisas de seres humanos que com suas sensibilidades tiveram uma percepção do mundo onde conseguiram imaginá-lo daquela forma. Assim, a relação entre o conhecimento científico e o sensível começa numa esfera de imaginação até conseguir se tornar realidade através de imagens produzidas pelos viventes.
A universidade é lugar para o sensível?
O sensivel está em todo lugar, logo também na universidade. Se o sensível é conhecimento e a universidade o lugar onde produzimos o conhecimento, ele é convidado a fazer parte desse ambiente, até mesmo porque nós o carregamos aonde quer que formos.
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