Os sentidos
- Thamiris David
- 24 de jul. de 2015
- 2 min de leitura
Nesse experimento formamos o grupo e cada integrante ficou sem no mínimo 1 sentido. O engraçado foi que a guia sempre falava as direções ao contrário e eu que estava sendo carregada empurrava os meus colegas pelos ombros para irem na direção certa. Foi um sufoco, é horrivel perder os sentidos. Quando chegamos no nosso destino, paramos e observamos com os sentidos que restaram o local. Depois voltamos para a sala e criamos um poema em conjunto.
O chão
O chão que não posso sentir, tocar, ou saber onde me leva.
Uma saudade me deu do percurso que segui,
de ver o mundo ao meu redor.
Mas de repente a luz apagou e o colega me mostrou,
A direção no escuro.
Queria poder escutar também.
Eu queria era falar e muito,
E saber se era para a esquerda ou direita,
Depender do outro é difícil,
Mas era muito além de uma direção concreta,
Nesse caso confiar é preciso.
Mas quand cheguei no destino,
Flores, teto, extintor.
Um cachorro complicando o percurso,
E também não tinha água.
O banheiro, foi horrível, mãos sujas,
Grilos estavam a cantar,
A cantina era iluminada mas eu não via.
A lua estava tão bela.
Apesar de toda confusão,
Havia algum sentido que talvez não houvesse explicação.
Sentir o pesoo da cruz em meus braços,
Pois aprências enganam.
Eu sou pequena, porém peso
E fiquei com dó dos meus amigos suando ao me carregar.
O suor descendo e o auditório fedendo,
O difícil é ser a cruz.
O caminho é curto, porém quando não se tem um sentido,
Fica muito longo.
Contudo vi que não estava sozinho,
Que não era o único necessitado e que tinha alguém [..]
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